INTRODUÇÃO: O estudo revisa abordagens e modelos de intervenção psicológica utilizados por psicólogos no apoio às famílias em luto. O objetivo é identificar os principais modelos teóricos que fundamentam essas intervenções, como o modelo das fases do luto, o modelo de luto adaptativo e o modelo de crescimento pós-traumático. Além disso, analisa as estratégias de intervenção mais dinâmicas, como terapias cognitivo-comportamentais, abordagens psicos, terapia familiar e intervenções baseadas em mindfulness. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida com artigos publicados entre 2019 e 2024. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de LILACS e SciELO em português, reunindo 12 artigos sobre a temática, dos quais 5 foram utilizados para este estudo. A pesquisa segue o modelo qualitativo, buscando entender o fenômeno em seu contexto natural. A análise de dados foi realizada a partir de uma análise de conteúdos. RESULTADOS: Os resultados indicam que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem uma importante contribuição no manejo do luto, utilizando tanto a base do luto pela autora Kübler-Ross quanto pelo autor Bowlby. A atuação do psicólogo junto a pais enlutados em situações de suicídio é realizada mediante uma revisão narrativa da literatura. O compartilhamento de vivências de perda e apoio social nas redes sociais significativas de pessoas enlutadas foi identificado através de estudo qualitativo. A construção de histórias e sentidos sobre a perda familiar na vida adulta é descrita através de entrevistas qualitativas. Reflexões sobre o processo de luto destacam a importância de passar por cada fase sem estagnar. CONCLUSÃO: A revisão das abordagens e modelos de intervenção psicológica utilizados pelos psicólogos no apoio às famílias em luto destaca a relevância de estratégias fundamentadas na TCC. O luto por perda repentina é uma experiência complexa, geradora de ansiedade e marcada por intensas manifestações emocionais. A abordagem terapêutica deve priorizar a identificação dos recursos disponíveis e a avaliação das principais preocupações do paciente. O papel do psicólogo expande-se para a promoção da saúde mental, oferecendo suporte que mitiga o impacto do luto na qualidade de vida do enlutado e de sua rede de apoio.