Fernanda Oliveira Sousa Araruna¹, Jerdianny Silva Serejo¹, Alessandra Gomes Mesquita¹, Leydianne dos Santos Sousa¹, Eliane Batista Carneiro²
Keywords: Histerectomia. Incontinência Urinária. Fisioterapia.
ABSTRACT:
Introdução: A histerectomia é uma cirurgia amplamente praticada, considerada uma das principais opções para tratar doenças uterinas benignas, como miomas, sangramento uterino anormal, endometriose, dor pélvica crônica e prolapso de órgãos pélvicos. No Brasil, aproximadamente 300 mil mulheres passam por histerectomia a cada ano. Em 2017, foram realizadas 122 histerectomias para cada 100 mil mulheres com mais de 20 anos. Após a realização da histerectomia, as mulheres podem experimentar disfunções sexuais e urinárias a curto ou a longo prazo. Objetivo: Destacar as evidências científicas que demonstram como a atuação do fisioterapeuta é imprescindível no tratamento da incontinência urinária de esforço (IUE) após a histerectomia. Material e Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura no período de 2019 a 2023. Foram coletados os dados, nas bases: LILACS, Google Acadêmico, SciElo, Publimed e Revistas Científicas Online. Utilizou-se os descritores: “fisioterapeuta”; “incontinência pós-cirurgia” e
“histerectomia”, na língua portuguesa e inglesa. Por fim análise das informações obtidas. Resultados: Como resultados registrou-se que a principal disfunção no pós-histerectomia é a IUE, seguida da bexiga hiperativa e disúria. Verificou-se que a cirurgia afeta a estrutura do assoalho pélvico como um todo, causando um potencial impacto negativo na qualidade de vida, representando grave problema de saúde pública. Nesse contexto, destaca-se o papel da fisioterapia pélvica/uroginecológica no tratamento da IUE, após a histerectomia a fim de promover qualidade de vida, melhoria da função muscular, alívio da dor, restauração da função vesical, devolvendo a sua independência funcional. O tratamento pode ser associado ao biofeedback, cinesioterapia ou estimulação elétrica. Conclusão: O estudo mostrou que o tratamento dos músculos do assoalho pélvico é recomendado como primeira linha da IUE pelos protocolos do Ministério da Saúde. Diretrizes apontam que os exercícios pélvicos são eficazes em mais de 50% das pacientes do sexo feminino com IUE. Por fim destaca-se a importância de mais investimentos públicos na reabilitação de mulheres após cirurgias pélvicas.
¹Docentes do Curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade Edufor, São Luís-MA.
²Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Faculdade Edufor (EDUFOR), São Luís-MA.