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A psicologia clínica realizada em Libras

Dannilo Jorge Escorcio Halabe¹, Victor Khalyl Sales dos Santos², Camila Gonçalves Ribeiro², Lillian Raquel Braga Simões⁴, Maria Tereza Ramos Vale Halabe⁵, Cândida Helena Lopes Alves⁶

Keywords: Psicologia Clínica. Surdez. LIBRAS. Inclusão.

ABSTRACT:

Introdução: O atendimento psicológico pressupõe a interação entre o terapeuta e o cliente através de um canal de comunicação em que a escuta possa advir. Analisando os casos na literatura especializada de pacientes com surdez total que utilizam a leitura orofacial, a língua brasileira de sinais (LIBRAS) e a fala para se comunicar percebemos que os psicólogos se apoiam na linguagem oral para realizar o atendimento. Objetivo: Discutir as formas de psicoterapia com os surdos em LIBRAS, uma vez que a língua visual-espacial possibilita uma melhor expressão de seus sentimentos, sendo mais natural para eles e comportando toda expressão de gírias e metáforas, tal qual o português falado. Material e Métodos: Pesquisa Clínica realizada incialmente a título de doutorado em psicologia clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa no CAAE nº 40931814.8.0000.5482. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2013-2018, com entrevistas em LIBRAS com indivíduos surdos e revisão da literatura de língua inglesa e francesa, avaliando as variações das técnicas de avaliação psicológica e modificações no método. Resultados: Apresenta uma crítica dos casos atendidos por psicólogos de pacientes surdos, a partir de um viés da Comunicação Total. Apresenta uma psicoterapia bilíngue, revelando as estratégias e as problemáticas a serem enfrentadas pelos psicólogos, para incluir os surdos e a sua cultura, permitindo o desenho universal da psicologia clínica. Conclusão: A psicologia clínica necessita de uma proposta de inclusão que considere as diferenças em seu desenvolvimento, na formação de sua personalidade e nas eventuais psicopatologias. A formação de psicólogos capacitados em LIBRAS, surdos ou ouvintes, bem como ampliar o número de pesquisas voltadas para esta população é essencial.

¹Doutor em Psicologia Clínica (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP),
Acadêmico do Curso de Medicina (Faculdade EDUFOR), São Luís – MA.

²Acadêmico do Curso de Psicologia (Faculdade EDUFOR), São Luís – MA.

³Mestra em Psicologia (Universidade Federal do Maranhão). Docente da Faculdade Edufor, São Luís – MA.

⁴Mestra em Educação (Universidade Estadual do Maranhão), Docente da Faculdade
Edufor, São Luís – MA.

⁵Mestra em Direito (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS), São
Luís – MA.

⁶Pós-doutorado em Saúde Mental (Universidade Católica de Brasília), Docente da
Faculdade Edufor, São Luís – MA.

http://doi.org/10.70353/edufor.v2n1.002

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